Gripe aviária de alta patogenicidade 2021

Damos conhecimento aos nossos associados do comunicado da Direção Geral de Alimentação e Veterinária:

“A 1 de dezembro de 2021 foi confirmado um foco de infeção por vírus da GAAP do subtipo H5N1 em aves domésticas de detenção caseira no concelho de Palmela. Na sequência da definição deste foco de infeção foram estabelecidas duas zonas de restrição sanitária: uma zona de proteção e uma zona de vigilância, abrangendo, respetivamente, raios de 3 e 10 km em volta do local afetado.”

A Associação Portuguesa de Falcoaria recomenda aos seus associados a toma de medidas preventivas de acordo com as indicações da DGAV para as áreas identificadas como de maior risco no Edital 1.

Para saber mais sobre a Gripe Aviária: 

A gripe aviária é uma infeção viral altamente contagiosa, que pode afetar tanto aves domésticas quanto selvagens e foi identificada pela primeira vez na China em 1996 .

Algumas estirpes virais de gripe aviária são transmissíveis aos humanos. No entanto, para que tal aconteça, é normalmente necessária a ocorrência de contactos próximos entre as pessoas e as aves infetadas.

A gripe aviária é provocada por um vírus da família Orthomyxoviridae do tipo A pertencente à espécie influenza A virus.

Devido à notável variabilidade genética destes vírus, cada subtipo contém diversas estirpes virais, podendo encontrar-se em circulação, numa dada área geográfica, várias delas em simultâneo.

Apesar de poder ocorrer um foco durante todo o ano, o pior período vai de Outubro a Abril com o pico em Fevereiro.

As aves selvagens aquáticas são os hospedeiros naturais dos vírus da gripe aviar, apresentando frequentemente infeções inaparentes, isto é, sem manifestar qualquer sinal de doença. Atualmente considera-se que os contactos entre aves selvagens infectadas e as aves domésticas são a principal fonte de infeção para estas últimas. Ter em atenção as aves migradoras.

A transmissão pode fazer-se:

  • Por contacto direto com as secreções e excreções das aves infectadas, nomeadamente secreções respiratórias e fezes;
  • Por consumo de água e alimento infetados;
  • Por contacto indireto através de materiais e produtos contaminados com vírus da gripe aviar (veículos de transporte de aves, equipamentos, vestuário e calçado, produtos animais, insetos, etc.) 
  • Por via aerógena – disseminação do vírus numa determinada área geográfica através do vento

O período de incubação médio é entre 3 a 4 dias. Organização Mundial de Saúde Animal – OIE considera que o período de incubação oficial da gripe aviária é de 14 dias.

Já foram isolados vírus de gripe aviar de várias aves de rapina sem sintomas assim como de aves com sintomas e de outras já cadáveres.

Sintomas:

  • Prostração
  • Diminuição dos consumos de água e de alimento
  • Dificuldade respiratória
  • Corrimento nasal
  • Corrimento ocular
  • Espirros
  • Tosse
  • Congestão e edema da cabeça e pescoço
  • Diarreia
  • Paralisia
  • Torcicolo
  • Morte súbita

Medidas a adoptar para minimizar o contágio:

  • Aumentar os níveis de higiene
  • Impedir o acesso de aves selvagens às nossas mudas.
  • Pedilúvio com desinfectante. Renovado com frequência.
  • Não alimentar com aves capturadas, mesmo após terem sido congeladas.
  • Evitar capturar Anseriformes ( patos, gansos e cisnes) e Charadriiformes (aves marinhas e limícolas)
  • Não deixar os banhos com água na ausência da ave. De preferência virar os banhos, impedindo que outras aves tenham acesso aos mesmos.
  • Rotatividade na área de jardim.
  • Não partilhar a luva e mantê-la sempre limpa.
  • Depois de uma jornada de caça, trocar de roupa para a manutenção/alimentação das aves que ficaram